A pandemia causada pelo novo Coronavírus ainda está sendo estudada e estamos descobrindo novos sintomas como as doenças de pele por COVID-19.
Novos estudos estão ligando sintomas cutâneos ao aparecimento da doença nos pacientes, o que anteriormente ainda não havia sido relatado.
Um artigo publicado no American Academy of Dermatology por professores da Índia e China apontou que essas manifestações e sintomas pode influenciar no diagnóstico, podendo ser confundidos com dengue.
Além disso, novos estudos já estão demonstrando a relação entre a complicação dermatológica com a gravidade da contaminação.
Se você ficou interessado e quer saber mais sobre este assunto continue lendo o nosso post!
O que os especialistas estão falando sobre doenças de pele por COVID-19?
Como essa descoberta ainda é nova os estudos realizados sobre a COVID-19 ainda não apresentam um consenso.
Por isso nesse post será listado os principais estudos e hipóteses levantadas.
Estudos internacionais
Pesquisadores italianos publicaram um artigo no Journal of the European Academy of Dermatology onde afirmam ter encontrado doenças de pele por COVID-19 em 20% de um grupo de 88 pacientes infectados pelo Coronavírus.
Desses 18 pacientes, 8 tiveram um desenvolvimento de sintomas cutâneos no início do contágio, enquanto 10 só tiveram após a hospitalização.
As doenças por pele por COVID-19 se localizavam principalmente na área do tronco, com pouca ou nenhuma coceira e se curaram em poucos dias. Eram elas:
- erupção cutânea eritematosa: 14 pacientes,
- urticária generalizada: 3 pacientes,
- vesículas do tipo catapora: 1 paciente.
Esse estudo afirma que, aparentemente, não há relação da doença com a gravidade da infecção.
A Associação Americana de Dermatologia solicitou para que os médicos mandassem suas contribuições sobre doenças de pele por COVID-19.
Em uma entrevista para um jornal a entidade afirma que houve a descrição massiva de aparecimento de sintomas cutâneos nos dedos do pé.
Isso acontece principalmente em crianças e em jovens, e consiste em manchas vermelhas ou arroxeadas. Alguns pacientes afirmam que sentem ardência.
As lesões desaparecem em alguns dias após o seu aparecimento. Já foram publicados dois artigos com fotos, um no JAAD e o outro no EJPD.
Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas e a relação com a contaminação
Um artigo publicado no British Journal of Dermatology afirma que há relação entre as doenças de pele por COVID-19 e o nível de contágio do paciente.
A equipe liderada pela Doutoura Cristina Galván Casas estudou e fotografou 375 pessoas diagnosticadas com COVID-19 e com sintomas cutâneos sem causa aparente no período de duas semanas.
Foram detectados cinco padrões de manifestações cutâneas:
Erupções similares às geladuras nos pés e mãos
Ocorreu em 19% dos pacientes, principalmente nos mais jovens e foi detectado nos estágios finais do contágio por COVID-19 em casos menos graves.
Erupções vesiculares
Ocorrência de 9%, principalmente em pacientes de meia-idade e associada a casos com gravidade intermediária.
Lesões urticariformes
Ocorreu em 19% dos casos e acompanhavam uma coceira intensa. Estão relacionadas com pacientes mais graves e tiveram início com os outros sintomas relacionado a doença.
Erupções máculo-papulares
Foram observados em 47% dos pacientes e estão relacionadas com casos mais graves do contágio por COVID-19.
Necrose por obstrução vascular
Recorrência de 6% e aparecem principalmente em pacientes idosos e com casos mais graves.
Os estudos citados acima são apenas uma pequena amostra do que está sendo realizado no mundo inteiro, mas já demonstram a ligação dos sintomas cutâneos com a doença.
Você já sabia da ocorrência de doenças de pele por COVID-19? Que tal compartilhar com seus amigos para que eles também acesso a essas informações?